Motivos pessoais, familiares e de cansaço
Não duvido das razões apresentadas por Campos e Cunha para a demissão. Ser ministro das finanças, hoje, em Portugal, é profissão de altíssimo risco e desgaste fulminante. Resistiu quatro meses? Que herói… se ele até pagava para trabalhar! Os dois mil euros de ordenado que lhe deixaram eram inferiores aos rendimentos da actividade académica. Mesmo que, por definição, não fizesse pevas na faculdade. Claro que a família reclamou. Claro que é pessoal. Claro que o homem está cansado. Os únicos imbecis que pagam para se chatear são os que trabalham por conta própria e têm consciências pouco elásticas. Quem está habituado a viver bem à custa d’outrem não se sacrifica. Até porque a família reclama. E a coisa torna-se pessoal. E a pessoa cansa-se.
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